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QUEM FOI LOUISE MICHEL?

Louise Michel é uma figura icônica que transcende as barreiras do tempo, marcando sua presença como uma mulher extraordinária no cenário político e social do século XIX. Conhecida por sua participação ativa na Comuna de Paris e por seu papel fundamental no anarquismo, a história de Michel é uma jornada de resistência, educação e luta por liberdade de todos.

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Origens e Primeiros Anos

Nascida em 1830 na França, em um castelo onde sua mãe trabalhava como doméstica. Louise Michel iniciou sua vida sob situações peculiares. Apesar de ser filha de uma empregada doméstica e, possivelmente, do dono do castelo que nunca reconheceu sua paternidade, Louise foi criada dentro da propriedade, quase como membro da família, mas sem direitos de herança ou um sobrenome formal. Este começo de vida moldaria seu caráter e suas convicções, levando-a a questionar as injustiças sociais desde muito cedo.

Educação e Compromisso Social

Determinada a fazer a diferença, Michel tornou-se professora, recusando-se a jurar lealdade a Napoleão III, o que era um requisito para ensinar no império francês. Essa recusa destacou seu compromisso com os ideais republicanos e sua resistência contra a opressão. Em vez disso, ela se dedicou à “educação livre”, uma proposta inovadora que visava oferecer uma educação que libertasse as mentes, em vez de aprisioná-las em dogmas e orientações políticas.

A Poetisa e o Exílio

Louise Michel também se expressava através da poesia, enviando seus trabalhos para o renomado poeta Victor Hugo. Esse lado literário mostrava uma mulher multifacetada, capaz de lutar com as armas e as palavras. Com a morte de seus protetores e a perda do castelo, Michel mudou-se para Paris, onde se envolveu com grupos literários e republicanos, consolidando sua crença na república como forma de liberdade e participação social.

A Comuna de Paris

A guerra franco-prussiana de 1870 seria um ponto de virada em sua vida. Com a captura de Napoleão no campo de batalha e no estabelecimento da Terceira República Francesa, Louise Michel viu uma oportunidade para a mudança social. Contudo, sua desilusão com a nova república rapidamente se transformou em ação direta, culminando em sua participação na Comuna de Paris. Durante os 72 dias em que durou a Comuna, Michel não só tomou parte ativa nos combates, como também se destacou como uma líder militar.

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Anarquismo e os Últimos Anos

Após a queda da Comuna, Louise Michel foi presa, condenada e exilada na Nova Caledônia, onde continuou com sua luta, desta vez ao lado dos povos indígenas. Anistiada em 1880, voltou à França, onde dedicou os últimos 25 anos de sua vida à propagação do anarquismo. Esses anos foram marcados por um ativismo incansável, onde Michel se tornou uma figura central na difusão das ideias anarquistas, influenciando gerações futuras na luta pela liberdade e igualdade.

Louise Michel, portanto, não foi apenas uma participante da Comuna de Paris. Ela foi uma educadora revolucionária, uma poetisa apaixonada e uma anarquista comprometida, cuja vida é uma inspiração para todos que lutam por um mundo mais justo.

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João Batista Correa

Sou João Batista Correa, formado em história e pedagogia. Especialista em Brasil colônia e mestre em história. Dedico minhas pesquisas sobre a história do Brasil, mais especificamente das cidades do Rio de Janeiro, Leme, Pirassununga e Santa Cruz da Conceição. Alem de historiador, sou músico e educador musical. Autor dos livros: Santa Cruz onde a Ferrovia não Passou: Escravos e Imigrantes na Freguesia de Nossa Senhora da Conceição, 1836-1898; e Escravidão e Liberdade na Imperial Fazenda de Santa Cruz.

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João Batista Correa

Sou João Batista Correa, formado em história e pedagogia. Especialista em Brasil colônia e mestre em história. Dedico minhas pesquisas sobre a história do Brasil, mais especificamente das cidades do Rio de Janeiro, Leme, Pirassununga e Santa Cruz da Conceição. Alem de historiador, sou músico e educador musical. Autor dos livros: Santa Cruz onde a Ferrovia não Passou: Escravos e Imigrantes na Freguesia de Nossa Senhora da Conceição, 1836-1898; e Escravidão e Liberdade na Imperial Fazenda de Santa Cruz.

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