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Em 15 de novembro de 1889 surgiu um novo Brasil?

No dia 15 de novembro a república brasileira completa seus 130 de existência. Durante sua longa jornada recebeu diversas denominações: República da Espada 1889-1891; República Velha 1891-1930; República Varguista 1930-1945; República Populista 1945-1964; Ditadura Militar 1964-1985 e a Nova República 1985 – hoje.

            Muitos historiadores atestam que a proclamação da república não passou de um golpe militar liderado pela elite cafeeira paulista e lideranças do exército. O historiador Jose Murilo de Carvalho ao estudar os meandros do início da república, afirma que a população carioca assistiu bestializada a proclamação da república, acreditando ser uma parada militar. Em algumas regiões do Brasil a deposição da monarquia chegou meses depois, sendo que muitos cidadãos se perguntavam: não temos mais imperador? Não iremos mais votar?

Percebemos que boa parte da população brasileira como um todo não participou deste processo político tão importante para a nossa história, nos levando a diversas indagações, sendo que uma delas é se a república imposta por uma elite resolveu os diversos problemas sociais e econômicos do país.

Nestes anos de existências presenciamos golpes de Estado, como a proclamação da república em 1889; a revolução de 1930 e o golpe de 1964, grandes ataques a democracia e a liberdade de direito, mostrando quão fraco é nosso sistema republicano. Vale apontar também os nossos períodos ditatoriais, como a ditadura de Vargas, de 1930-1945, senão a mais violenta e pouco lembrada, e a ditadura de 1964-1985 tão revisitada. Cabe aqui uma pergunta: Evoluímos ou retrocedemos? A república foi uma boa solução política ou atendeu aos interesses de alguns?

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João Batista Correa

Sou João Batista Correa, formado em história e pedagogia. Especialista em Brasil colônia e mestre em história. Dedico minhas pesquisas sobre a história do Brasil, mais especificamente das cidades do Rio de Janeiro, Leme, Pirassununga e Santa Cruz da Conceição. Alem de historiador, sou músico e educador musical. Autor dos livros: Santa Cruz onde a Ferrovia não Passou: Escravos e Imigrantes na Freguesia de Nossa Senhora da Conceição, 1836-1898; e Escravidão e Liberdade na Imperial Fazenda de Santa Cruz.

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João Batista Correa

Sou João Batista Correa, formado em história e pedagogia. Especialista em Brasil colônia e mestre em história. Dedico minhas pesquisas sobre a história do Brasil, mais especificamente das cidades do Rio de Janeiro, Leme, Pirassununga e Santa Cruz da Conceição. Alem de historiador, sou músico e educador musical. Autor dos livros: Santa Cruz onde a Ferrovia não Passou: Escravos e Imigrantes na Freguesia de Nossa Senhora da Conceição, 1836-1898; e Escravidão e Liberdade na Imperial Fazenda de Santa Cruz.

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