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A taquigrafia e a conservação de nossa história

“Taquigrafia, escrita abreviada e dinâmica que permite velocidades superiores à escrita comum.”

Muitas pessoas jamais se perguntaram como os diversos depoimentos e documentos históricos chegaram até nós atualmente. Nos diversos órgãos públicos tanto no âmbito legislativo, executivo e judiciário, temos a figura do taquígrafo. Taquigrafo é o profissional que utiliza a taquigrafia como técnica de apanhamento para discursos. Conheci a taquigrafia ao analisar alguns documentos do século XIX, na qual muitos escrivães citavam a utilização desta técnica para a transcrição real dos depoimentos e também para a transmissão de ordens secretas.
A taquigrafia tem sua origem no Império Romano com as Notas Tironianas, que eram utilizadas para transcrever os discursos parlamentares do Senado Romano. No decorrer dos séculos foram desenvolvidos diversos métodos de taquigrafia cada um adaptado ao idioma de seus países. Atualmente no Brasil, o método de Taquigrafia mais utilizado é o Oscar Leite Alves. A taquigrafia foi utilizada no Brasil na elaboração da nossa primeira constituição em 1824. A partir daquela data a taquigrafia foi utilizada nos diversos órgãos públicos do restante do país.
Atualmente ela é muito utilizada, mesmo com o avanço das tecnologias, sendo que esta não substituiu o ser humano no apanhamento taquigráfico. Um bom taquigráfico consegue captar de 100 a 140 palavras por minutos. Vale observar que são anos para formar um profissional nesta área e também a grande escassez desta mão de obra. Periodicamente tem aberto certames nos concursos para a área da taquigrafia.
A taquigrafia tem em sua técnica a transcrição real do que foi pronunciado pelos parlamentares, juízes e demais autoridades, sendo ela uma técnica de conservação do nosso passado político.

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João Batista Correa

Sou João Batista Correa, formado em história e pedagogia. Especialista em Brasil colônia e mestre em história. Dedico minhas pesquisas sobre a história do Brasil, mais especificamente das cidades do Rio de Janeiro, Leme, Pirassununga e Santa Cruz da Conceição. Alem de historiador, sou músico e educador musical. Autor dos livros: Santa Cruz onde a Ferrovia não Passou: Escravos e Imigrantes na Freguesia de Nossa Senhora da Conceição, 1836-1898; e Escravidão e Liberdade na Imperial Fazenda de Santa Cruz.

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Sou João Batista Correa, formado em história e pedagogia. Especialista em Brasil colônia e mestre em história. Dedico minhas pesquisas sobre a história do Brasil, mais especificamente das cidades do Rio de Janeiro, Leme, Pirassununga e Santa Cruz da Conceição. Alem de historiador, sou músico e educador musical. Autor dos livros: Santa Cruz onde a Ferrovia não Passou: Escravos e Imigrantes na Freguesia de Nossa Senhora da Conceição, 1836-1898; e Escravidão e Liberdade na Imperial Fazenda de Santa Cruz.

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